O presidente do COADEM e ouvidor-geral da OAB Nacional, José Augusto Araújo de Noronha,  conduziu dos debates no Fórum Global de Ordens dos Advogados, um dos eventos especiais que integraram a programação da 24ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira.

Entre os participantes, esteve o presidente da Ordem dos Advogados de Lisboa, João Massano, que foi incisivo ao falar da valorização da profissão. “As pessoas não podem vir para a advocacia pelo fato de não conseguirem fazer outras coisas na carreira jurídica. Precisamos valorizar a vocação e a capacidade das pessoas para exercer a nossa profissão”, afirmou o advogado.

“É um privilégio reunir gente de diferentes partes do mundo para discutirmos os desafios da advocacia. Vemos que apesar das peculiaridades locais, há muitas questões comuns a todos os países: a qualidade do ensino jurídico, a luta pelas prerrogativas e a necessidade de encontrarmos um caminho diante das disrupções e inovações que vivemos em todas as esferas da vida”, pontuou Noronha.

Também durante o fórum, Ricardo de Felipe, advogado argentino que antecedeu Noronha na presidência do COADEM, sublinhou a necessidade de inspirar as novas gerações para o empenho permanente que a advocacia exige. Citando a advogada gaúcha Clea Carpi da Rocha, ele fechou sua apresentação com um apelo: “Lutar sempre”.

Participaram ainda do painel Lília Hernandez, de Cuba, que tratou do papel social da advocacia; a sul-coreana, Hyunjung Lee falou sobre o exercício profissional em seu país, onde há 35 profissionais ativos;  Luís Paulo Monteiro, bastonário da advocacia de Angola, que tem 10.500 advogados em atuação; e Michael Pádua, representante da Law Society da Inglaterra e do País de Gales. O painel integrou também apresentações de David Wilkins, da Harvard Law School, e de Ian McDougall, presidente da LexisNexis Rule of Lae Foundantion, voltada para a garantia do Estado de Direito.