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Gol contra da GOL

Sábado. Sol em Brasília. Acordado desde às 5h30 da manhã. Não era para estarmos aqui, mas junto com a Andreia deveríamos estar em Porto Velho, no belo estado de Rondônia.

Ontem, fizemos todo o plano de viagem para sair da nossa Curitiba e chegar em Porto Velho. Trabalho iniciado mais cedo, compromissos adiados, logística pesada para a última sexta-feira de Março no escritório.

Na partida, voo atrasado 40 minutos. Saguão lotado. Indagado, o responsável da Gol, que fazia de tudo para dar a informação correta: “vai atrasar mas a conexão está mantida”.

Disse mais: “Eles vão priorizar o desembarque e certamente vão esperar vocês em Brasília”.

Triste engano e começo de uma tempestade perfeita de incrível falta de preparo e péssimo respeito aos clientes por parte das funcionárias que estavam no portão de embarque. A revolta não era só nossa que somos identificados como clientes especiais ou “Diamante” — que tive a certeza que na Gol não serve para nada. A indignação principal era com idosos e até um rapaz com deficiente que foram tratados com o mesmo desprezo, lançados a própria sorte.

Mas o que aconteceu, chegaram em Brasília e o avião tinha partido? Não. Chegamos a tempo. Avião da conexão Porto Velho em solo, atendentes que certamente atenderam a outros interesses (quem sabe até alocação de tripulantes avulsos, os chamados extras) disse simplesmente que não poderia mais nos embarcar. Qual razão? Nenhuma. Justificou culpando as bagagens. Nada fazia sentido. Pessoas indignadas no portão. Nós, ainda mais.

Porto Velho estava no destino de sexta-feira feira, 31, pelo simples fato de que hoje um grande amigo, de muitos anos, depois de uma vida buscando a pessoa da sua vida iria se casar. Sempre fui testemunhas desse amor e da história do casal. Seríamos testemunhas e padrinhos formalmente do casamento. Ah mas foram alocados em outro voo? Não. Não haviam outros voos para que chegássemos até 18h do dia seguinte (hoje) na capital de Rondônia. Alternativas, nenhuma. E o presente que havia sido despachado? Foi resgatado e entregue para ser levado conosco, apesar do volume enorme.

Mas poderíamos voltar para Curitiba ainda hoje? Não. A oferta única era a fila da remarcação. Filas enormes, com muitas pessoas indignadas. Procedimentos de alocação em hotéis e escolha de novos voos geram filas gigantesca no atendimento, tudo decorrente de opções irresponsáveis de quem trata a vida e o tempo das pessoas como se fossem insignificantes e como se não tivessem qualquer medo do Poder Judiciário ou dos órgão de proteção do consumidor através de ações de reparação de danos.

Ah, devem pensar alguns executivos da Gol que “os danos morais são baixos no Poder Judiciário, então vamos abusar no desrespeito ao consumidor”.

Não pode ter uma boa estratégia empresarial quem trata passageiros — “Diamante” ou não — como se fossem “pedriscos de construção”.

Agora é hora de voltar para casa, rezar para que meu amigo rondoniense tenha uma belíssima festa de casamento. Que a alegria deles seja combustível para aplacar o sentimento que temos de indignação. Estaremos torcendo e imaginando cada minuto, mas certamente nada nos restituirá a perda desse momento.

A Gol mais uma vez fez um Gol contra.

 

LINK para Hoje PR
https://hojepr.com/gol-contra-da-gol/

ão pode ter uma boa estratégia empresarial quem trata passageiros como se fossem “pedriscos de construção".

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José Augusto Araújo de Noronha

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